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© 2025 Gilda Reis Neto

Críticas

“A pintora Gilda Reis Neto, embora sendo membro de uma família tradicional brasileira, pertence à categoria dos jovens artistas que pela força de expressão, sinceridade e ousadia de concepção, fogem à rotina das apresentações formalísticas.
Os seus trabalhos como o seu próprio temperamento, revelam uma procura constante e uma capacidade imaginativa ardente e inesgotável.
Suas flores de tendência abstrata, ostentam um harmonioso contraste entre a simplicidade e purificação das formas e a riqueza toda imprevista do colorido.
O significado plástico de suas soluções varia constantemente submisso à imaginação rebelde, conservando-se porém sempre dentro da mesma beleza estrutural. [...]”

— Paschoal Carlos Magno

“Correio da Manhã” - 1952

“Essa jovem vem do Brasil, com sua obsessão, sua obsessão pelos ritmos arquitetônicos. Ela pinta casas, cidades, simplificando-as, estilizando-as, fazendo-as florescer como buquês com oscilações de cores suntuosas. Estamos quase à beira da abstração, o mundo real se transformando em um universo de sonho e poesia.”
“Cette jeune femme nous vient du Brésil, avec sa hantise, son obsession de rythmes architecturaux. Elle peint des maisons, des villes, les simplifiant, les stylisant, les faisant s’épanouir comme des bouquets aux occillations somptueusement colorées. Nous sommes la presque au bord de la abstraction, le monde reel se muant en un univers de rêve et de poésie.”

— Daleve

“Aux Écoutes du Monde” – Paris - 1965

“Notemos também na Galeria Maywald as obras da artista brasileira Neto com estruturas luminosas.”
“Notons encore à la Galerie Maywald les ouvres de l’artiste bresilien Neto aux structures porteuses de lumière.”

— Jean J. Lévêque

“Arts Nº 2” - Paris - 1965

“Gilda Reis Netto é assombrada por arquitetura, casas e cidades. As telas que ela apresenta na Galeria Maywald, muito cleans, muito estilizadas, redescobrem o brilho e a luz das joias.”
“Gilda Reis Netto est hantée par l’architecture, maisons et villes. Les teiles qu’elle présente, Galerie Maywald, trés épurées, trés stylisées, retrouvent l’éclat et la lumiére des gemmes.”

— Jean Dalevèze

“Nouvelles Litteraires” – Paris - 1965

“Não há dúvida que, nesse domínio a artista tem no Brasil uma experiência em artes, um trabalho bem sucedido e digno da atenção da crítica, no seu objetivo de integrar a pintura na arquitetura.”

— Antônio Bento

“Diário Carioca” - Rio de Janeiro - 1965

“O trabalho da brasileira Gilda Reis Neto é satisfatório contraste tanto na temática quanto no estilo, resultando em uma exposição completa. Principalmente com aquarelas, grandes e brilhantes, as 14 obras de Reis Neto impressionam o espectador por sua qualidade profissional.”
“The work of the brazilian Gilda Reis Neto is satisfying contrast both in subject matter and style, making for a well complemented show. Chiefly watercolors, large and brilliant, Reis Neto’s 14 oferings impress the viewer with their professional quality.”

“West Art”, vol. V, nº 11 – EUA - 1967

“Cores tão vibrantes, favelas explodindo de alegria enquanto guardam seus segredos; a pintura de Gilda Reis Neto simplesmente transmite a força da vida brasileira. Encontramos nesta pintora o espírito popular que encontramos nos vitrais da Idade Média; tudo é expressivo e construído de forma poderosa.”
“Des couleurs qui vibrant intensément, des bidonvilles qui éclatent de joie tout en gardant leur secrets; la peinture de Gilda Reis Neto traduit simplement la force de la vie brésilienne. On retrouve chez ce peintre l’esprit populaire que nous livrent les vitraux du Moyen Age; tout est expressif et puissamment construit.”

— Alain Pichery

“L’Actualité” – Paris - 1970

“Amarelos, vermelhos, azuis, verdes. Pouco marcadas, mas ainda brilhantes. Discretas, mas saltando aos olhos. Cercadas mas radiantes. De delicadas construções, as formas coloridas de Gilda Reis Neto são ao mesmo tempo tristeza e alegria, cansaço e esperança, o sórdido e o esplendor do Brasil.
Se tudo é arquitetura e nada é melhor que a pintura de Gilda, esta fascina, atribui, convida o homem a construir, a amar, a viver.”
“Jaunes, rouges, bleues, vertes. A peine marquées mais pourtant éclatantes. Discrètes mais sautant au visage. Cernées mais rayonnantes. Délicates constructions, les formes colorées de Gilda Reis Neto sont tout à la fois la tristesse et la joie, la lassitude et l’espoir, le sordide et la splendeur du Brésil.
Si tout est architecture, et rien ne l’est advantage que la peinture de Gilda, celle-ci fascine, attache, invite l’homme à construire, à aimer, à vivre”.

— Jean Audouin

“Combat” – Paris -1970

“Há entre os pintores brasileiros uma inquietação que os conduz à vanguarda da renovação no Continente. Vim encontrar, neste trecho iluminado da Costa Californiana, D. Gilda Reis Neto Puletti que pelo fascínio de sua genialidade está fazendo trabalhos que, além de dignificarem a Arte no Brasil, a estão singularizando como uma alta expressão desse poder criador. [...]”

— Juscelino Kubitschek

São Francisco - 23-10-1972

“O verdadeiro realismo é falar consigo mesmo, é conseguir trazer o que se tem dentro, é não esconder nada, é não eleger: é o que Gilda Reis Netto faz singularmente em suas obras. Se cerca dos fantasmas que afloram em seu mundo, na medida em que, deles e neles, a artista vive e se reencontra.
É como se houvesse despertado de um profundo sonho, em que sonhos e realidade identificaram-se para uma tomada de consciência mais exata e coerente. A artista elegeu seu próprio ângulo de observação, desencantado, algumas vezes cruel, a partir do qual contempla o mundo de seus semelhantes.”

— Roberto Ceccatelli

“Il Caffè Arte” - Roma - 1976

“A obra pictórica de Gilda Reis Neto, com suas manchas generosas de cores vivas mas sutilmente harmonizadas, vibrava liricamente em meio à geometria rigorosa de Niemeyer. [...] Gilda Reis Netto evoluiu seu desenho para mostrar os mil aspectos do rosto humano com a sensibilidade que a caracteriza”.

— Claude de Marigny

Conselheiro Cultural e de Cooperação Científica e Técnica da Embaixada da França - 1979

“Os anjos, fase mais recente do trabalho de Gilda Reis Netto, correspondem a um hiato de suavidade em sua pintura indagadora e por vezes dramática.
Em cada um daqueles momentos tínhamos um tratamento muito pessoal da matéria e uma composição pontuada de audácia. Esta, por vezes, pelo tratamento da figura, avizinhava o impacto do art-brut. Doutras - e não menos poderosamente – atingia os climas de sutil estranhamento da pintura metafísica. Tais os marcos de uma criatividade amadurecida e diversificada que assim percorria todo o arco do experimento e da descoberta.
Agora temos a serenidade desses anjos, onde ela explora a cor em tratamento chapado, de despojada singeleza, tirando partido da elegância da figura idealizada.
Nesse conjunto a artista prioriza seu sentimento místico, sinalizando um avesso temático das paisagens e da tipologia humana, de cujas tensões seu traço recolheu momentos tão fortes – invariavelmente servido por sensibilidade e invenção.”

— Ruy Sampaio

Associação Brasileira de Críticos de Arte

“A forma é analisada e estudada a fim de se identificar com as realidades interiores que Gilda quer transmitir. Há um sentido piedoso nas imagens. Dir-se-ia que os princípios cristãos adquiriram nova dimensão através de suas linhas e cores. Não há exagero cromático. A cor no seu justo tom, servindo para valorizar a forma, eis o esquema de nossa pintora. E isso ela consegue com grande perícia, demonstrando todo um passado de pesquisas e estudos.”

— João Vicente Salgueiro

“Gilda Reis Neto é toda sentimento, quando traz até nós a representação, intermediadora. Aquela que, não só intui, como preside os atos intencionais do artista, no seu compromisso com a comunicação estética. Daí, ela afirmar ser esta exposição Anjos de Deus: ‘o meu retorno ao figurativo’. Ou seja, uma vez atingida a fase do entendimento no nível imediato, chega-se ao clímax, onde só a luz prevalece. A cor luz. Mas, para nós simples viventes no plano dos comuns, dos não privilegiados pelo talento artístico, é que a artista materializa, melhor seja, decodifica sua sensibilidade e a sua emoção na linguagem plástica.
Pintar tem muito daquela ancestralidade mágica, somente exercitada pelos que possuem o poder, por certo divino, de dar vida à imagem.
Gilda Reis Neto dá vida aos anjos.
Sua missão: permitir que sintamos a proximidade deles, o seu calor, a sua luz. Fazer com que, pelo menos por alguns instantes, sejamos partícipes da força presente na vida em excelsa sublimação.”

— Sérgio G. de Lima

Membro da ABCA-AICA - 1999